terça-feira, 20 de junho de 2023

A siderúrgica Ternium terá maioria das ações da Usiminas

Ternium compra participação da Nippon Steel na Usiminas por R$ 686,6 milhões.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou, sem qualquer imposição de limitações, a operação de compra e venda de ações ordinárias da siderúrgica Usiminas (USIM5) envolvendo a Ternium (TT) e a Nippon Steel (NSC). A aprovação, divulgada por meio de comunicado da Usiminas na segunda-feira, põe em movimento uma mudança significativa na configuração acionária da empresa.

A Ternium, grupo siderúrgico de expressiva presença na América Latina, havia revelado em março seu acordo com a Nippon Steel para assumir uma fatia maior do controle acionário da Usiminas. O acordo contempla a aquisição de 68,7 milhões de ações ordinárias da Usiminas, anteriormente nas mãos da Nippon Steel.

A conclusão deste negócio resultará em uma participação majoritária de 61,3% para a Ternium no grupo de controle da Usiminas. O restante será dividido entre o grupo Nippon, que deterá 31,7%, e o fundo de pensão dos trabalhadores da siderúrgica, com 7,1%, dentro de um remodelado pacto acionário.

Após a conclusão da transação, a Ternium terá capacidade para indicar a maior parte dos integrantes do conselho de administração da Usiminas, incluindo o CEO e outros quatro diretores. A Nippon manterá o direito de nomear o presidente do conselho, bem como o diretor de tecnologia e qualidade.

"Diante do desafiador ambiente de negócios no qual a Usiminas está inserida, a NSC (Nippon Steel) e a Ternium entendem que um comando mais robusto por um dos acionistas é essencial para o crescimento ainda maior dos valores corporativos da Usiminas", declarou a siderúrgica brasileira em nota ao mercado.

Nessa linha, tanto a NSC quanto a Ternium concordam que uma estrutura de governança reformulada, na qual a Ternium tenha um papel mais proeminente graças à sua extensa rede de negócios na América Latina, beneficiará todos os envolvidos na Usiminas.

A Ternium é a empresa líder do setor de siderurgia na América Latina, contando com 17 plantas produtivas em seis países: Argentina, México, Brasil, EUA, Colômbia e Guatemala.