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Uma das câmeras de segurança flagrou o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, caminhando pelo andar onde se localiza o gabinete presidencial e apontando a saída do prédio aos invasores. Dias renunciou ao cargo após a divulgação dessas imagens pela CNN.
O general alegou que sua intenção era direcionar os invasores para o segundo andar do prédio, onde seriam capturados pelas forças do Exército. A repercussão do episódio levou o governo a pressionar pela saída do ministro e até mesmo a mudar sua posição acerca da criação de uma Comissão Parlamentar Mista no Congresso Nacional para apurar os atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro. Inicialmente contrário à iniciativa, o governo agora apoia a formação da CPMI, que contará com membros da Câmara e do Senado.
Na tentativa de evitar a divulgação das gravações, o GSI classificou as informações como "reservadas", o que, de acordo com a Lei de Acesso à Informação, garantiria a proteção dos dados por um período de cinco anos. (portal plox)
O ministro Alexandre de Moraes determinou a quebra do sigilo da divulgação das imagens internas do Palácio do Planalto durante os atos de vandalismo ocorrido em 8 de janeiro.
O ministro ainda ordenou o envio, em 48 horas, de todo o material existente para o STF.
As imagens foram vazadas para a CNN e mostram o ex-ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional, no palácio na hora dos ataques, interagindo com os invasores. O GSI alegou que os agentes do órgão agiram para desocupar o palácio e realizar prisões.
Após a divulgação, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, sendo substituído interinamente pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, que atuou com interventor na segurança do DF após os atos golpistas.
Já sob a gestão de Capelli, o GSI alegou, em resposta a pedido anterior do próprio ministro Alexandre de Moraes, que as imagens não haviam sido liberadas pelo Ministério devido ao sigilo do inquérito.
O órgão ainda perguntou ao ministro se poderia ou não divulgar as imagens devido aos pedidos feitos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Na decisão desta sexta, Alexandre de Moraes definiu que, em 48 horas, a Polícia Federal realize os depoimentos de todos servidores do GSI que aparecem nas imagens de segurança do Palácio do Planalto.
Moraes também pediu que o ministro interino do GSI, Ricardo Capelli, envie cópia integral da sindicância instaurada para apuração das condutas de agentes públicos civis e militares envolvidos na depredação das sedes dos 3 poderes, em 8 de janeiro.
Nas redes sociais, Capelli disse que estará neste sabádo no GSI para cumprir as determinações do STF, enviando todo o material solicitando e tornando público todas as imagens do Palácio no dia 8 de janeiro.
Edição: Lucas Pordeus / Alessandra Esteves - Agencia Brasil