Objetivo é minimizar e solucionar problemas históricos de
congestionamento e fluidez no trânsito, orientando investimentos para os
próximos dez anos
A
Prefeitura de Ipatinga, por meio do Departamento de Transporte e Trânsito, informou
que a Secretaria de Serviços Urbanos e
Meio Ambiente irá abrir em breve um processo licitatório a fim de elaborar um
Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade. O objetivo é preparar a cidade para
os próximos anos, tendo em vista o aumento do fluxo de pessoas e veículos e uma
série de problemas estruturais de tráfego.
De
acordo com a diretora do Departamento, Graziella Pires, o Plano obedece a uma
estratégia transparente e participativa. Para que a aprovação seja efetiva, o
projeto deverá ser submetido à participação da sociedade civil, seguindo
padrões de fiscalização e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana.
“Esses
dados técnicos irão servir não só para o governo atual, mas também para os
próximos gestores, que terão um plano de desenvolvimento mais eficaz no que diz
respeito à mobilidade. Vale destacar ainda que as diretrizes são importantes
para que o gestor saiba onde investir, onde melhorar e o que mudar em relação à
mobilidade urbana”, destaca.
O
objetivo do Plano é definir as diretrizes que o município deve seguir para um
melhor ordenamento de ações e investimentos a curto, médio e longo prazos nas
áreas de transporte, trânsito e acessibilidade, dentre outras.
Exigência legal
As
ações cumprem também uma exigência legal. O Plano de Mobilidade é obrigatório
para cidades que possuem mais de 200 mil habitantes, conforme consta na Lei
12.587/2012.
Diagnóstico
Conforme
diagnóstico da Sesuma, a instituição do Plano na cidade será possível com a
captação de recursos junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Histórico
polo de atração em função de suas oportunidades de emprego e renda, além de
áreas ocupadas sem planejamento em sua origem e outras fases de crescimento, Ipatinga
apresenta hoje sérios gargalos de mobilidade e de acessibilidade. Entre outros incômodos
identificados, há vias estreitas, calçadas irregulares e de espaço reduzido,
excesso de redutores de velocidade, empreendimentos industriais que proliferam
em áreas residenciais, fatores que contribuem cada vez mais para um trânsito
caótico e sem fluidez.
Investimentos
O
Executivo ressalta que o Plano irá assegurar uma diretriz de investimentos para
melhorar a qualidade de vida das pessoas que usam o sistema viário – desde o
pedestre, passando pelo ciclista, motociclista até os condutores de automóveis
e outros veículos de maior porte.
“Com
o Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade, poderemos efetivamente
produzir interferências positivas de maior impacto e abrangência, em médio e
longo prazos. O ideal, segundo a lei que rege o assunto, é que a cada dez anos
o município elabore um Plano de Mobilidade”, observa o prefeito Gustavo Nunes.
Transparência
Para
que se tenha uma ideia da amplitude das demandas relacionadas ao trânsito na
cidade, a Sesuma informa que “somente no que diz respeito à construção de
redutores de velocidade, temos hoje uma fila de mais de 700 pedidos via representantes
da comunidade no Legislativo.