Nesta quarta-feira (26), foi realizado no Teatro João Paulo II, no campus do Centro Universitário Católica do Leste de Minas Gerais (Unileste) em Cel. Fabriciano, a palestra “Transtorno do Espectro Autista: construindo pontes intersetoriais”, com o objetivo fomentar a discussão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), seus desdobramentos clínicos e educacionais.
O evento foi elaborado pelo Núcleo de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Unileste (NUADE) – setor que, entre seus serviços, presta suporte aos estudantes da Instituição com necessidades específicas (permanentes ou temporárias) - e pelos cursos de Pedagogia e Psicologia, e contou com participação da presidente da APAE de Timóteo, Vânia Maria da Silva Melo Lamas, da especialista em Transtornos do Neurodesenvolvimento, Gleice de Castro Nogueira, e da psicóloga clínica existencial, Patrícia de Oliveira Moreira.
Segundo o coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário, Dr. Eustáquio de Souza Jr., nos últimos anos houve um aumento significativo de diagnósticos desses transtornos, o que chama atenção para a conscientização da sociedade. “É preciso estar ciente sobre as necessidades de adaptação na educação, na saúde e no funcionamento da sociedade de modo geral para intensificar a conscientização e o conhecimento sobre o diagnóstico e as diferentes propostas de intervenção”, explica Eustáquio.
A palestra, que também foi estendida aos colaboradores(as) do Unileste, ampliou o debate sobre a abordagem e o atendimento ao estudante autista. “Hoje em dia o Transtorno do Espectro Autista está cada vez mais visível na nossa sociedade, devido às políticas de conscientização e apoio. Por isso, é muito importante, enquanto seres humanos, entendermos e aprendermos sobre o transtorno, para contribuir em uma melhor qualidade de vida, seja para a criança, o adolescente ou o adulto. Principalmente no contexto educacional, devemos pensar sobre as possibilidades para um ambiente mais incluso e diverso, a partir do conhecimento da dificuldade e diversidade de cada um.”, pontuou a estudante de psicologia e palestrante, Sara de Oliveira Carvalho.
Transtorno do Espectro Autista - TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento e o comportamento, de comunicação e de interação social. É considerado um espectro porque apresenta diferentes níveis de impacto e variabilidade de manifestações comportamentais, podendo afetar cada indivíduo de maneira única.
As manifestações comportamentais geralmente aparecem na infância, mas também podem ser diagnosticados em adultos, e incluem dificuldades na comunicação verbal e não-verbal, dificuldade em interagir socialmente com os outros, comportamentos repetitivos e/ou restritivos, repertório restrito de interesses e sensibilidades sensoriais.
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo.
As diversas intervenções possibilitam à pessoa com autismo a se desenvolver, adquirir habilidades sociais e conquistar autonomia e independência, a depender do grau de suporte necessário.